domingo, 8 de maio de 2011

miguel

sonhei com você
sonho antigo, cheio de clichê.

sonhei que sonhava com você.
em formas indefinidas e cores surrealistas.

sonhei que esperava você.
uma espera apaixonada como nos folhetins de tv.

sonhei ser você.
em simbiose difusa, sonhei não te perder.

sonhei meu sonho de amor.
e, de tão intenso, o sonho transformou a realidade que se vê.

sonhei você.

felizes são os dias das mães!

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

o berço

desafiando a lógica física de que dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço. agora, sou berço de uma vida.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

idade

hoje, o tempo me abraça. e me enfeito dele.

sábado, 8 de janeiro de 2011

o momento dela

veste sua roupa mais bonita e põe na boca o seu sorriso mais feliz. brilhantes, os olhos dizem dela. ela não anda. ela dança.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

afinal...

o que querem as mulheres? o pão com queijo derretido. nessa metáfora piegas do amor recheado de paixão, cabe a exatidão daquilo que é inexato. a exaustão do querer e o querer mais. cabe o que não cabe em si e transborda. o que assola e o que cura. cabe a paz incendiada. o buquê que arde. cabe o palavrão na boca doce. aquilo que é sem a pretensão de ser. cabe a liberdade cativa e o desespero suave. a implosão que se vomita. cabe viver. só razão parece não caber.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

meditação

lá no alto, em um ponto exato, deixo o corpo exausto.
em uma energia que inebria, reconheço meu guia.
naquela paisagem, de passagem, entranho coragem.
nesse lugar, de paz singular, busco meditar.

entrego-me em prece que parece canção de ninar.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

ela por ela

deixe a menina com ela. deixe dela. deixe ela...
a menina de tantos, hoje, é só dela.
lambe, morde, acolhe, cuida, namora ela.
deixe ir. deixe rir. deixe existir a menina dela.
vela na cabeceira zela por ela.
dela pra ela.
a menina e ela.
deixe ela. deixe dela. deixe a menina com ela...