quarta-feira, 24 de novembro de 2010
afinal...
o que querem as mulheres? o pão com queijo derretido. nessa metáfora piegas do amor recheado de paixão, cabe a exatidão daquilo que é inexato. a exaustão do querer e o querer mais. cabe o que não cabe em si e transborda. o que assola e o que cura. cabe a paz incendiada. o buquê que arde. cabe o palavrão na boca doce. aquilo que é sem a pretensão de ser. cabe a liberdade cativa e o desespero suave. a implosão que se vomita. cabe viver. só razão parece não caber.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
meditação
lá no alto, em um ponto exato, deixo o corpo exausto.
em uma energia que inebria, reconheço meu guia.
naquela paisagem, de passagem, entranho coragem.
nesse lugar, de paz singular, busco meditar.
entrego-me em prece que parece canção de ninar.
em uma energia que inebria, reconheço meu guia.
naquela paisagem, de passagem, entranho coragem.
nesse lugar, de paz singular, busco meditar.
entrego-me em prece que parece canção de ninar.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
ela por ela
deixe a menina com ela. deixe dela. deixe ela...
a menina de tantos, hoje, é só dela.
lambe, morde, acolhe, cuida, namora ela.
deixe ir. deixe rir. deixe existir a menina dela.
vela na cabeceira zela por ela.
dela pra ela.
a menina e ela.
deixe ela. deixe dela. deixe a menina com ela...
a menina de tantos, hoje, é só dela.
lambe, morde, acolhe, cuida, namora ela.
deixe ir. deixe rir. deixe existir a menina dela.
vela na cabeceira zela por ela.
dela pra ela.
a menina e ela.
deixe ela. deixe dela. deixe a menina com ela...
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
pelourinho
minha pele tem a cor da ancestralidade indígena. meu corpo enfeito como os antepassados: pinturas, furos, braceletes. mas, meu sangue misturado, pulsante, grita. me vejo em minha raiz negra. do dedo do pé ao fio do cabelo. negra como a noite. negra como o pelourinho. das cores, dos sons, do cheiro, do sabor, da arte, do chão, dos casarões, da energia. em casa. estive em casa...
domingo, 7 de novembro de 2010
fotografias de gaveta
revirou as gavetas em busca das lembranças. suas melhores fotografias não revelou, registrou na memória. prendeu-se ao tempo durante todo o tempo em que permaneceu inerte. em seguida, limpou as gavetas para as futuras imagens.
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